Split ou ar-condicionado de teto: qual a melhor opção? Entenda as diferenças
Aparelhos de ar-condicionado estão cada vez mais presentes nas casas e empresas, disponíveis em diferentes modelos – para atender às variadas necessidades. Entre opções com finalidades similares estão o split e o ar-condicionado de teto, modelos fixos instalados no ambiente. As opções de teto, geralmente, são maiores, mais silenciosas e contam com uma distribuição mais uniforme do ar. Por outro lado, aparelhos do tipo split tendem a demandar um investimento inicial menor e oferecem mais eficiência energética.
A seguir, vamos explicar de maneira detalhada os dois modelos de ares-condicionados fixos, analisando seus usos, vantagens e pontos de atenção. Com isso, fica mais fácil identificar qual alternativa se ajusta ao que você precisa e compreender as concessões que cada escolha exige. Vale ressaltar que os preços mencionados no texto foram verificados durante a apuração da matéria, em agosto de 2025, e podem sofrer alterações.
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Um ar-condicionado split é uma ótima opção para quem quer enfrentar as baixas temperaturas
— Foto: Divulgação / Freepik
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No índice abaixo, veja os tópicos que serão abordados para apresentar os dois modelos:
Definição e aplicações
Custo-benefício
Capacidade de refrigeração
Instalação e estrutura
Eficiência energética
Manutenção e durabilidade
Recursos extras e sustentabilidade
1. Definição e aplicações
O que é o ar-condicionado split?
O ar-condicionado é um equipamento utilizado para regular a temperatura, a umidade e a qualidade do ar em espaços fechados. Sua função principal é resfriar o ambiente em dias quentes, retirando o calor e a umidade, o que torna o local mais agradável. Em muitos modelos, também há a opção de aquecer o ar durante períodos mais frios – o chamado ciclo reverso.
O modelo split se diferencia por apresentar a estrutura dividida em duas partes: a condensadora, instalada na parte externa, e a evaporadora, posicionada no interior do ambiente. Essa configuração otimiza o espaço interno e reduz o nível de ruído, pois o motor permanece na parte de fora da residência. Ele é mais utilizado em casas e apartamentos, por manter o refrigeramento do ambiente concentrado em circuntâncias menores.
O que é o ar-condicionado de teto?
O ar-condicionado de teto é um modelo projetado para ser instalado suspenso, fixado diretamente no teto ou embutido no forro, com a saída de ar voltada para baixo ou para os lados. Esse tipo é mais visto em ambientes amplos, como lojas, escritórios, auditórios e restaurantes, porque distribui o ar de forma mais uniforme e alcança áreas maiores do que um ar condicionado de parede comum.
Ar-condicionado de teto em sala grande.
Divulgação/Midea
2. Custo-benefício
Nos modelos split, o custo-benefício é um atrativo para residências e pequenos escritórios. Um aparelho inverter de 9.000 a 12.000 BTUs de marcas conhecidas custa, em média, de R$ 2.000 a R$ 3.500, com instalação variando de R$ 800 a R$ 1.500. Apesar do investimento inicial, o consumo reduzido de energia pode gerar uma economia de até 60% frente a modelos convencionais – e a durabilidade compensam a longo prazo. A ampla oferta no mercado facilita encontrar modelos ajustados ao orçamento, mantendo o equilíbrio entre preço e desempenho.
Os modelos de teto, como cassete ou piso-teto, exigem um investimento maior (e têm uma capacidade superior). Equipamentos de 36.000 a 60.000 BTUs custam, em média, de R$ 7.000 a R$ 14.000, com instalação que pode variar entre R$ 2.000 e R$ 5.000, devido à complexidade técnica. Para lugares maiores como auditórios e teatros, o custo por metro quadrado refrigerado pode ser mais vantajoso, pois substituem diversos splits menores. Por isso, o custo-benefício se destaca em ambientes comerciais que exigem potência e distribuição homogênea do ar.
3. Capacidade de refrigeração
BTU significa “British Thermal Unit” ou Unidade Térmica Britânica (em tradução direta), que é uma medida utilizada para determinar a capacidade de refrigeração de um aparelho de ar condicionado. Essa medida calcula a capacidade de resfriamento do aparelho e se ele será capaz de climatizar o ambiente de forma eficiente.
Os modelos de ar-condicionado split de parede, como o Hi Wall LG Dual Inverter ou o Split Hi Wall Philco, são indicados para ambientes residenciais ou comerciais pequenos e médios, variando entre 9.000 a 30.000 BTUs. Já os modelos de teto, como o Split Carrier Xperience ou o Split Teto Inverter LG, oferecem potência muito superior, gerando em torno de 30.000 a 60.000 BTUs, ideais para locais maiores ou salas grandes.
Enquanto o split de parede prioriza eficiência e baixo consumo para espaços menores, o de teto se destaca pela alta capacidade de refrigeração e pela distribuição uniforme do ar em áreas grandes, garantindo conforto mesmo com grande circulação de pessoas no lugar.
Tecnologia inverter é comum nos dois tipos de ar-condicionado
Reprodução/Carrier
4. Instalação e estrutura
A instalação de um ar-condicionado split costuma ser mais simples e rápida em comparação aos modelos no teto. No split, é preciso fixar a parte interna na parede do cômodo e a estrutura externa em um ponto próximo, ambas ligadas por tubos e fios. O custo da colocação é normalmente menor, já que não pede grandes mudanças estruturais no espaço, e o trabalho pode ser feito em poucas horas por um pessoa especializada. Ainda, a manutenção tende a ser mais fácil, já que o acesso aos componentes é mais simples.
No ar-condicionado de teto, especialmente para aquele que é encaixado de forma embutida, chamado de casset͏e, é necessária uma colocação mais precisa e totalmente técnica. É um modelo que exige um fo͏rro de gesso PVC ou similares par͏a mascarar a unidade interna͏, o que pode exigir reform͏as e mudan͏ças gran͏des na estrutura.
A escolha do local de instalação precisa considerar o peso do equipamento e a distribuição do ar no ambiente, o que pode limitar as opções. Essa ͏compl͏icaçã͏o em relação a infraestrutura aumenta o preço para instalar e demora mais tempo.
É recomendado instalar os modelos de teto na parte de cima da parede.
Divulgação/Midea
5. Eficiência energética
O Se͏lo Procel é uma peça chave quando se trata de identificar o consumo de ene͏rgia, pois clas͏sifica ͏os equipame͏ntos segundo sua eficiênci͏a. Vários splits de marcas como LG, S͏amsung e͏ Midea atingem o͏ níve͏l “A”, garan͏t͏indo mais e͏cono͏mi͏a ͏na conta de luz. Já no caso dos modelos de teto, muitos também possuem o selo “A͏”, que promete mais eficiência energética.
No entanto, segundo o Inmetro, é importante observar: os aparatos que atingem mais potênci͏a sem a tecnologia inverter gastam mais energia e resultam em classificações mais baixas como D e F. Sendo assim, o gasto to͏tal t͏ende a ͏ser maior pela necessidade de ͏refrigerar um espaço maior.
Vale lembrar que outros fatores afetam o consumo de energia dos equipamentos, como a escolha de BTUs, a quantida͏de de ͏ve͏zes que é usado, a vedação do local, a temperatura definida e se a manutenção é realizada de forma regular.
Etiqueta de Consumo energético e Selo Procel
Luana Carmelina/Techtudo
6. Manutenção e durabilidade
Quanto a acessibilidade para manutenção, o split de parede ganha vantagem, pois a unidade interna é facilmente acessada para limpeza de filtros e inspeção. No split de teto, principalmente nos cassetes, o acesso aos componentes internos é mais trabalhoso, exigindo a abertura do forro e, em alguns casos, deslocamento do equipamento.
A vida útil média de ambos, quando bem cuidados, varia de 10 a 15 anos. No caso dos modelos de teto, o desgaste pode ser maior em ambientes de uso intenso, como em comércios e indústrias, reduzindo a durabilidade se não houver manutenção regular.
7. Recursos extras e sustentabilidade
Os splits oferecem mais recursos de conforto e conectividade, como controle via aplicativo, compatibilidade com assistentes virtuais, filtros especiais e funções inteligentes. A tecnologia inverter é comum entre os produtos deste tipo, promovendo a economia de energia, enquanto o uso de gases ecológicos (como R-32 e R-410A) substituem os antigos R-22, que prejudica a transmissão de ar purificado e saudável. Por último, os modos “Eco” e “Sleep” ajudam a diminuir os gastos e reafirmam o compromisso de consumo eficiente de baixo impacto ambiental, sendo ideais para residências e pequenos escritórios.
Do outro lado, tanto o cassete quanto o piso-teto priorizam a potência e a ampla distribuição de ar, atendendo a grandes ambientes comerciais. Embora não tenham tanto foco em conectividade e purificação, alguns modelos vêm incorporandos com o ciclo reverso (quente e frio) e sensores de ocupação. A adoção da tecnologia inverter e de gases ecológicos é uma tendência em crescimento, apesar de ainda existirem muitos modelos on/off, onde o compressor liga e desliga para atingir a temperatura adequada. Sendo assim, a parte de recursos e economia pode deixar a desejar nesse caso.
Tecnologia inverter auxilia na diminuição da emissão de gases tóxicos.
Divulgação/LG
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