Lost in the Jungle: veja sinopse, história real e entrevistas sobre o filme
O documentário Lost in the Jungle, produzido pela National Geographic, estreia no dia 13 de setembro no Disney+. A produção narra a história real de quatro irmãos indígenas colombianos que sobreviveram por 40 dias na selva amazônica após um acidente de avião em maio de 2023. Em uma mistura de suspense e emoção, a obra retrata a coragem, a resiliência e o vínculo familiar que manteve as crianças vivas em meio à fome, ao medo e ao isolamento.
Com um pouco mais de uma hora e meia de duração, o longa-metragem conta ainda com direção assinada por Juan Camilo Cruz (Country of Lost Children) e produção executiva de E. Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin (Free Solo). O TechTudo entrevistou a produtor e o diretor, que contaram mais detalhes da produção. Veja, a seguir.
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Lost in the Jungle: veja sinopse, história real e entrevistas sobre o filme
Divulgação/Disney+
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Sinopse
Trazendo uma narrativa íntima e detalhada, o documentário narra como os quatro irmãos indígenas colombianos — Lesly, Soleiny, Tien Noriel Ronoque e Cristin Neriman Ranoque Mucutuy — sobreviveram por 40 dias na selva amazônica após um acidente de avião, ao mesmo tempo que enfrentavam desafios e perigos na natureza selvagem.
Produção
Com um acesso mais exclusivo às crianças sobreviventes em entrevistas e relatos inéditos, Lost in the Jungle oferece ao público um retrato mais real e fidedigno do acidente e caso em questão, além de uma imersão de luta por sobrevivência na selva amazônica. O documentário também tensiona questões ligadas às relações entre os povos indígenas e militares dentro da amazônia colombiana, atravessando uma valorização do conhecimento dos povos originários.
Lost in the jungle narra como os quatro irmãos indígenas colombianos sobreviveram 40 dias na floresta amazônica
Divulgação/Nat Geo
Em entrevista ao TechTudo, a produtora executiva E. Chai Vasarhelyi relatou ser incrivelmente importante ter cuidado com os diferentes sistemas de crenças em jogo, assim como o contexto histórico dessas comunidades indígenas na Colômbia e na Amazônia. Para os indígenas, a maneira de efetuar a busca pelas crianças desaparecidas baseava-se muito na relação deles com a floresta e as entidades mitológicas relacionadas com o território da amazônia colombiana.
Entretanto, as forças especiais da Colômbia tentavam pautar o processo de busca com base em cartografia e geolocalização considerados “comuns” em situações de desaparecimento. Na leitura da produtora, observar essa tensão ao longo do documentário é um dos pontos mais interessantes para levantar o debate sobre a valorização dos saberes dos povos originários. Além disso, também é possível discutir até que ponto a fundação das chamadas “sociedades modernas” promoveu um apagamento desses conhecimentos ao longo de suas construções.
Foi algo que estava na frente, tipo, na frente do nosso foco desde o primeiro dia. E, sabe, é uma história bastante comovente, quando você começa realmente a entender como autenticamente as Forças Especiais colombianas, que são em sua maioria católicas, começam realmente a acreditar no sistema de crenças indígenas e entendem haver mais do que parece estar em jogo aqui.
A história real
Em 1º de maio de 2023, o avião que ia de Araracuara com destino a San José del Guaviare, sofreu uma queda na floresta amazônica na Colômbia. Na tripulação, estavam os quatro irmãos Lesly, Soleiny, Tien Noriel Ronoque e Cristin Neriman Ranoque, que, na época, estavam com 14, 9, 4 e um ano, respectivamente, e sua mãe, Magdalena Mucutuy, além de outros dois adultos. Estes últimos, bem como a mãe das crianças, faleceram por conta do acidente e seus corpos foram achados pelas autoridades duas semanas depois.
No entanto, os quatro irmãos não foram encontrados e, assim, foram dados como desaparecidos. Pertencentes à etnia indígena uitoto, eles já viviam na selva e foi graças a esse conhecimento prévio que sobreviveram durante 40 dias na floresta densa e de dífícil acesso. As buscas começaram logo após encontrarem os primeiros corpos e as autoridades locais contaram com a ajuda da comunidade indígena local. No dia 9 de junho de 2023, os irmãos Mucutuy foram encontrados com vida e resgatados por militares, com sinais de desidratação e com leves ferimentos pelo corpo.
Foto do resgate retratado do documentário Lost in The Jungle
Divulgação/Nat Geo
Uma das principais motivações para o diretor Juan Camilo Cruz contar essa história, conforme ele relatou em entrevista ao TechTudo, é o caso ser enxergado como um verdadeiro milagre. Isso por conta de toda a complexidade da busca em si e como o caso repercurtiu na imprensa colombiana durante o período.
Curiosamente, o documentário conta com um certo “privilégio”, no sentido de conseguir se aprofundar e trazer uma perspectiva sobre os sonhos, desejos e vozes dessas crianças para o mundo, algo que a cobertura jornalística mais factual não conseguiu fazer na época.
Eu tentei me envolver o mais rápido possível quando soube da situação, mas no começo era só atração pela história, sabe? Agora o que nos manteve indo com a produção foi a inspiração por meio da chance que tivemos de conversar com as crianças e como conseguimos trazer essa história à vida e suas vozes para o mundo.
Com informações de IMDb , Nat Geo e Rotten Tomatoes
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