40 anos de Mario Bros: 10 fatos absurdos sobre o personagem

O Super Mario, um dos maiores personagens da história dos videogames (para muitos, o maior), completa 40 anos neste sbado (13). Neste mesmo dia, em 1985, o game de estreia do personagem, Super Mario Bros, era lançado pela Nintendo. Desde então, o encanador de bigode e macacão colorido conquistou (e vem conquistando) jogadores em todo o mundo com sua extensa biblioteca de títulos. Segundo a Nintendo, são mais de 860 milhões de cópias vendidas em toda a franquia, que inclui games como Mario World, Mario Kart, Mario Party, Mario Galaxy e mais.
Em celebração a essa data tão especial, o TechTudo separou algumas curiosidades que você provavelmente não sabia sobre Mario Bros e suas histórias, jogos, animações e o universo de tubos verdes, plantas carnívoras, toads e mais. Confira, a seguir.
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Mario Kart World traz o encanador e seus amigos para disputas em um grande mundo aberto no Nintendo Switch 2
Reprodução/Nintendo of America
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40 anos de Mario Bros: 10 fatos absurdos sobre o personagem
Mario estreou no Donkey Kong e não tinha nome
Mario é ítalo-americano
Mario já apareceu em mais de 200 jogos na história
Mario tem um filme ruim lançado nos anos 90
A franquia Mario Kart faz tanto sucesso quanto os jogos Mario Bros
Bigode, chapéu e cores da roupa
Mario “já foi um vilão”
Mecânicas de Mario inspiradas no Popaye
Mario já teve outra namorada
Mario já foi herói de RPG e bola de pinball
1. Mario estreou no Donkey Kong e não tinha nome
A figura icônica de Super Mario fez sua primeira aparição no mundo dos videogames em 1981, no arcade Donkey Kong, sem seu famoso nome e com uma profissão diferente. Mario era chamado de “Jumpman”, um herói carpinteiro, vestindo um macacão azul e uma camisa vermelha. Sua missão era resgatar Pauline das garras do maciço gorila. Os gráficos da época eram primitivos, mas a animação de Jumpman, correndo, pulando e escalando escadas, já demonstrava uma agilidade e um propósito que o destacavam. Sua interação com o cenário e com Donkey Kong se resumia a evitar barris e outros obstáculos lançados pelo gorila, que se postava no topo da estrutura.
O game em questão, lançado para arcades pela Nintendo, é um marco na história dos videogames por introduzir a mecânica de plataformas, em que o jogador deve pular entre diferentes níveis de uma estrutura para alcançar o topo. O cenário do jogo era uma estrutura de aço em construção, desafiando o jogador a subir para resgatar Pauline. A jogabilidade era bastante simples, mas a dificuldade aumentava a cada fase. O sucesso de Donkey Kong foi instantâneo e o jogo foi um dos mais lucrativos do início da década de 80.
Donkey Kong: Mario tem sua primeira aparição nos games, mas, inicialmente, sob o nome de Jumpman
Reprodução/Paulo Vasconcellos
2. Mario é ítalo-americano
Embora seja uma criação do designer japonês Shigeru Miyamoto, o personagem Mario foi concebido com uma história de origem peculiar para o público ocidental, especialmente nos Estados Unidos. Oficialmente, o encanador com sotaque marcante é um ítalo-americano vindo do Brooklyn, Nova York. Essa característica foi firmemente estabelecida em diversas mídias fora dos jogos, como a série de televisão dos anos 80, The Super Mario Bros. Super Show!, e o filme de 1993, Super Mario Bros., que retratavam Mario e seu irmão Luigi como encanadores operando no distrito nova-iorquino.
A ideia de um protagonista com essa nacionalidade surgiu quando a Nintendo renomeou “Jumpman” para Mario, em homenagem ao seu então proprietário de escritório ítalo-americano, Mario Segale. A partir daí, a identidade foi adotada para o personagem, ajudando a moldar sua personalidade e seu papel como um herói vindo de uma cidade real e que, de repente, foi transportado para um reino de fantasia, o Reino do Cogumelo, para viver suas aventuras.
Oficialmente, o encanador com sotaque marcante é um ítalo-americano vindo do Brooklyn, Nova York.
Divulgação/Nintendo
3. Mario já apareceu em mais de 200 jogos na história
Em quatro décadas, a presença de Mario se expandiu exponencialmente no universo dos videogames, indo muito além dos tradicionais jogos de plataforma. O encanador bigodudo é um dos personagens com a maior quantidade de participações em títulos da história, figurando em quase 200 jogos diferentes. Como protagonista, ele lidera as aclamadas séries de plataforma, como Super Mario Bros., Super Mario World, Super Mario 64, Super Mario Galaxy e Super Mario Odyssey.
Além dessas aventuras principais, ele é o personagem central em jogos de corrida como a popular série Mario Kart, em festas com a franquia Mario Party e em diversos títulos de esportes, como Mario Tennis, Mario Golf e Mario Strikers. Sua presença se estende a gêneros de RPG, estrelando jogos como Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars, Paper Mario e Mario & Luigi.
O nosso encanador favorito também é um personagem jogável e essencial em outras séries de sucesso da Nintendo, como a de luta Super Smash Bros, onde ele é um dos lutadores mais icônicos, as sagas de Donkey Kong, e em alguns títulos de esporte e festa, onde divide o protagonismo com outros personagens do Reino do Cogumelo.
Super Mario Party tem mais de 80 minigames para serem jogados em coop local
Divulgação/Nintendo
4. Mario tem um filme ruim lançado nos anos 90
O filme Super Mario Bros, de 1993, foi a primeira grande adaptação de um videogame para as telas de cinema. Estrelando Bob Hoskins como Mario e John Leguizamo como Luigi, a produção tentou criar uma versão de live-action do mundo de Mario, mas com uma abordagem mais distópica e sombria. Na trama, os encanadores são transportados para uma dimensão paralela dominada pelo Rei Koopa (interpretado por Dennis Hopper), onde precisam resgatar a Princesa Daisy e impedir que o vilão fusione essa realidade com Nova York.
O filme tinha um visual peculiar e um enredo que pouco se assemelhava à atmosfera alegre e colorida dos jogos. E foi justamente isso que causou o seu fracasso nas bilheterias. A adaptação radical do universo do jogo, com personagens e enredo completamente diferentes do material original, afastou muitos fãs. O tom escuro e adulto do filme não ressoou com o público infantil e familiar, que era a base de jogadores de Mario.
Além disso, a produção foi atormentada por problemas nos bastidores, como disputas entre os diretores e roteiristas e o alto custo que não se traduziu em um bom desempenho nas bilheterias e nem na crítica: sua nota no Metacritic, site especializado em avaliar produções como filmes e jogos, é de apenas 35. O game já recebeu outras adaptações no cinema, como Super Mario Bros. (2023), que é bem aceito pela crítica e pelo p
Super Mario Bros. não foi um filme muito bom, mas impressionou por ser a primeira adaptação de um game
Reprodução/Gizmodo UK
5. A franquia Mario Kart faz tanto sucesso quanto os jogos Mario Bros
Quando se fala em sucesso da Nintendo, a série Super Mario Bros é frequentemente a primeira a vir à mente. No entanto, ela não é a única a figurar no coração dos jogadores. Conforme dados revelados pela própria Nintendo em 2024, a franquia Mario Kart já vendeu mais de 170 milhões de unidades globalmente, enquanto a série principal de plataformas atingiu a marca de 450 milhões. A diferença, no entanto, é que Mario Kart 8 Deluxe sozinho vendeu 61 milhões de cópias, um recorde para a Nintendo. O título mais recente, Mario Kart World, é o mais vendido do Switch 2, por exemplo, e uma alavanca para a comercialização do console.
A popularidade dos jogos de corrida de Mario é impulsionada pela sua acessibilidade e pelo apelo do multiplayer. Enquanto os jogos de plataforma, como Super Mario Bros, Super Mario 64 e Super Mario Odyssey, são focados em experiências para um único jogador, os jogos de corrida, como o 8 Deluxe, incentivam a competição e a diversão entre amigos e familiares. A simplicidade das corridas combinada com a imprevisibilidade dos itens e a jogabilidade competitiva tornam Mario Kart um fenômeno social e de vendas.
Mario Kart World traz as corridas tradicionais da série no Nintendo Switch 2 e um grande mundo para explorar
Reprodução/Nintendo Game Store
6. Bigode, chapéu e cores da roupa
O design de Mario foi uma solução engenhosa para as limitações técnicas dos videogames do início dos anos 80. As cores vibrantes de suas roupas — um macacão azul e uma camisa vermelha — foram escolhidas para contrastar com o fundo e destacar o personagem na tela, facilitando a visualização. O icônico chapéu vermelho foi uma alternativa prática, já que era difícil animar cabelos em movimento com a tecnologia pixelizada da época.
O proeminente bigode de Mario também serviu a um propósito funcional. A ausência de uma boca visível e a presença de um bigode facilitavam a renderização de seu rosto, tornando-o mais expressivo, sem a necessidade de desenhar detalhes minuciosos que seriam prejudicados pela baixa resolução. Cada elemento do seu visual foi pensado para otimizar a experiência de jogo e, ironicamente, essas restrições técnicas deram origem a uma figura visualmente histórica para os gamers de todo o mundo.
O design de Mario continua há muito tempo
Divulgação/Nintendo
7. Mario “já foi um vilão”
Em Super Mario Land 2: 6 Golden Coins, lançado em 1992 para o Game Boy, os jogadores foram apresentados a Wario, um novo e fascinante antagonista para o herói Mario. O personagem é a contraparte gananciosa e corpulenta de Mario, servindo como seu rival e uma espécie de “versão maligna”.
A semelhança física entre os dois é proposital, destacando o contraste de suas personalidades: enquanto Mario é um herói gentil, Wario é um vilão egocêntrico com um bigode peculiar, um nariz bulboso e um “M” invertido em seu boné. A trama de Super Mario Land 2 é a primeira a colocar Wario em um papel central. Ele assume o castelo de Mario e espalha seis moedas de ouro pelo mundo, forçando Mario a recuperá-las para reconquistar seu lar.
Em Wario Land 4 o ganancioso anti-herói terá que enfrentar diversas fases e inimigos para obter um grande tesouro
Reprodução/Nintendo
8. Mecânicas de Mario inspiradas no Popaye
O design e a jogabilidade de Mario têm raízes profundas na cultura pop, e uma de suas maiores inspirações vem do icônico marinheiro Popeye. Criado por E. C. Segar, Popeye é um personagem conhecido por sua força sobrenatural, que ele obtém ao comer espinafre, e por sua personalidade valente, mas simples. Na época do desenvolvimento do arcade Donkey Kong, a Nintendo havia planejado originalmente um jogo do Popeye.
No universo do marinheiro, a força do espinafre permitia que Popeye saltasse sobre os inimigos para derrotá-los. Essa ideia de pular sobre os adversários, algo revolucionário para a época, foi transferida para Mario quando o projeto original foi abandonado. Shigeru Miyamoto, o criador de Mario, adaptou a mecânica para o novo personagem. Assim, o encanador salta sobre os inimigos para derrotá-los, assim como Popeye sempre se joga para cima dos seus adversários. No Reino do Cogumelo, ao invés de um espinafre, Mario come um cogumelo para crescer, bem como Popeye come sua latinha de verdura para ficar mais forte.
Super Mario Bros. Wonder é o retorno da franquia ao 2D
Divulgação/Nintendo
9. Mario já teve outra namorada
Apesar de sua fama como o herói que sempre resgata a Princesa Peach, a vida amorosa de Mario tem um passado menos conhecido. Sua primeira paixão nos videogames não foi a soberana do Reino do Cogumelo, mas sim Pauline, a mocinha que ele precisou salvar das garras do gorila Donkey Kong no jogo de 1981.
No jogo original, os gráficos eram limitados, e Pauline era retratada com um vestido rosa, cabelo loiro e um visual bastante genérico para a época. Sua única animação era pedir ajuda, presa no topo da estrutura de aço onde estava Donkey Kong. Após sua estreia, ela ficou ausente dos jogos principais por muitos anos, fazendo aparições em títulos menores.
Pauline fará sua estreia na série em Mario Kart Tour após ganhar destaque em Super Mario Odyssey
Reprodução/Nintendo
No entanto, ela teve um retorno triunfal em Mario vs. Donkey Kong, de 2004, e, mais notavelmente, em Super Mario Odyssey, de 2017. Em Odyssey, sua aparência foi modernizada, com um visual mais sofisticado e um papel expandido como a prefeita de New Donk City.
A relação, no entanto, foi deixada de lado quando Peach, então conhecida como Princesa Toadstool, foi introduzida no primeiro Super Mario Bros. Desde então, a narrativa de Mario é quase inteiramente centrada em sua devoção a Peach, com a princesa constantemente sequestrada pelo vilão Bowser. Suas motivações variam de simples obsessão a um desejo genuíno de ter a princesa ao seu lado, o que o leva a construir castelos elaborados e armar armadilhas complexas para frustrar Mario.
Super Mario Bros. O Filme
Divulgação/Illumination
10. Mario já foi herói de RPG e bola de pinball
Uma de suas transformações mais celebradas da franquia Super Mario aconteceu em 1996, com o lançamento de ‘Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars’ para o Super Nintendo. O jogo, uma colaboração entre a Nintendo e a Square Enix (na época SquareSoft), transportou Mario para o mundo dos RPGs.
O enredo envolvia uma nova ameaça, a gangue de um ferreiro chamado Smithy, que quebra a Star Road e rouba as sete estrelas do desejo. Mario se une a aliados improváveis, incluindo Bowser e a Princesa Peach, em uma jornada por turnos com mecânicas de ação que exigiam que os jogadores apertassem botões no momento certo para aumentar o dano dos ataques.
O sistema de combate de Super Mario RPG ficou ainda mais dinâmico e rápido graças a melhorias do remake
Divulgação/Nintendo
Anos mais tarde, em 2004, a Nintendo ousou novamente com Mario Pinball Land, um título para o Game Boy Advance. Neste jogo, a Peach é sequestrada por Bowser e Mario é acidentalmente transformado em uma bola de pinball para persegui-lo.
A premissa transforma o herói em um objeto controlável, que deve ser lançado em mesas de pinball elaboradas, cheias de elementos do universo Mario, como blocos de interrogação, moedas e Goombas. A jogabilidade se resume a usar os flippers para guiar a bola, coletar moedas e derrotar chefes, em uma experiência diferente de tudo que os jogadores estavam acostumados a ver com o personagem.
Mario Pinball Land: um jogo do encanador da Nintendo que pouca gente conhece
Reprodução/World of Longplays/Youtube
Com informações de Fun Kids, Out of Games, Metacritic e Nintendo (1 e 2).
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